A alma não tem cheiro, cor ou sexo. Deveríamos senti-la mais, deixar surgir a cor da nossa essência, o cheiro dos nossos sentimentos, o sexo das nossa emocões. Rotulamos tudo, separamos tudo e nos perdemos de nós mesmos. Cultivamos o corpo, exaltamos a aparência fisica e nos esquecemos, que nada somos, além de uma centelha divina, que tanto pode brilhar, ofuscar ou simplesmente se esconder e apagar. Porque temos de nos frustrar diante das nossas verdadeiras vontades, desejos e emoções ? Temos de ser fortes, corajosos e audaciosos para deixar que o fogo do nosso vulcão interior, emerja das nossas profundezas, mais profundas e fundas e derrame sobre nós as larvas das paixões, dos amores perdidos ou soterrados; das sexualidades proibidas ou desencontradas, entrevadas, entravadas, trancadas, aferrolhadas, fadadas, cansadas. Para que a centelha aflore, devore, chore e adore, fazendo sermos nós, o que deveríamos ser e não o que os outros quisessem que fossémos, o que esperam de nós. O corpo fisíco é uma roupa nova, que vai sujar, desbotar e acabar. As aparências também vão morrer com a ilusão de ser, de querer ser e do não ser. O que fica, dura, perdura; o que não é ilusão, nem razão, nem atração; é a centelha divina e imortal, é a nossa alma, nosso avião, que vai embora sem um tostão, varando na luz ou na escuridão, depedendo da força do vento do furacão ou da larva quente do vulcão e asim..... eu, me vou sem mais explicação....
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caramba que texto forte, bem vinda a turma de blogueiros... amplexos
ResponderExcluiré, quero botar pra fora, tudo que aprendi, nessas andanças
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