Hoje eu acordei angustiada, com uma sensação estranha, meio esquisita, um sentimento que eu não conseguia decifrar se era totalmente ruim; pois, sem saber porque, tinha uma coisa qualquer de prazer, enroscada lá por dentro, emaranhada nas minhas emoções - até então, ainda inconscientes. Abri os olhos, ainda embriagada - de sono. Olhei meu quarto, minha cachorrinha esparramada do meu lado,com a barriga pra cima e a cabeça torta, minha filhinha, com os pés em cima de mim - pois ela dorme na horizontal e, eu passo a noite inteira empurrando ela e a cachorra, tentando arrumar um pouquinho mais de espaço pra mim. Até quando tinha marido, a cama parecia maior. Mas com essa duas, tou pensando seriamente ou em expulsá-las de vez ou em botar um colchãozinho no chão, para ver se nos poucos momentos que pego no sono, consigo dormir melhor. A minha filha até tem quarto, mas não quer dormir lá e, eu no fundo também não quero. Adoro tê-las sempre juntinhas de mim e aproveitar o maxímo que puder da proximidade delas duas, no aconchego do nosso quarto, na nossa pequena-grande cama. Voltando ao que interessa - acho que tou querendo imitar "Balzac" nas suas digressões - abri os olhos, vi que tava tudo normal mas, a tal da sensação continuava lá do mesmo jeito e eu, comecei à querer tentar lembrar com o que tinha sonhado - raramente me lembro dos meus sonhos. Então primeiro se esboçou um rosto, sem feição e aos poucos o véu da inconsciência, foi se desvendando e aquele rosto querido de outrora foi se desenhando, nas reminiscências da minha consciência e, de repente caí em mim e entendi o que aquele mal-estar significava, era ele, aquele que hoje, já não é mais querido helás!!!! Aquele que já não faz mais parte da minha realidade. Mas logo levantei, liguei o computador e ainda com a sensação de prazer, misturada com angústia, ou seja, algo entre sonho e realidade, continuava me perseguindo. E aí então, quase sem querer, me deparei com um fato, que me retirou seca e abruptamente, feroz- como uma chicotada, o resto de nostalgia que ainda persistia, em algum lugar qualquer da minha subconsciência. Moral da história :"As vezes é melhor não lembrar dos seus sonhos, que eles fiquem esquecidos e bem guardados nos recônditos mais profundos do nosso ser"
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